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Furacão espacial é detectado por cientistas pela primeira vez
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Publicado em 10/03/2021

Um grupo de cientistas detectou pela primeira vez um furacão espacial no planeta Terra. O fenômeno ocorreu na atmosfera superior do polo norte magnético, a centenas de quilômetros de altura, e durou cerca de oito horas.

– Neste estudo, apresentamos a observação de um furacão espacial de longa duração, enorme e energético na ionosfera sobre o polo norte magnético, que depositou energia do vento solar e da magnetosfera na ionosfera ao longo de um período de várias horas – diz o estudo publicado na revista Nature Communications.

O furacão foi descrito pelos cientistas como “um redemoinho de plasma com cerca de mil quilômetros de largura”. Invisível a olho nu, o fenômeno possui a forma de um funil, um olho silencioso no centro, e é cercado por braços espirais de plasma que rotacionam. Em vez espalhar água, como os observados na baixa atmosfera, o furacão faz chover elétrons na ionosfera, que se localiza acima das camadas mesosfera, termosfera e exosfera.

Cientistas já haviam elaborado teorias sobre a existência de furacões do tipo, mas essa foi a primeira confirmação. Ele foi registrado no dia 22 de fevereiro por quatro satélites do Defense Meteorological Satellite Program, mas ocorreu no dia 20 de agosto de 2014.

Para o professor que liderou a pesquisa, Qing-He Zhang, da Universidade Shandong, esse estudo é apenas o começo. Em entrevista à BBC, ele disse que ainda há muitas perguntas a serem respondidas.

– O que controla a rotação dos furacões espaciais? Essas tempestades espaciais são sazonais como seus equivalentes tropicais? Os furacões espaciais podem ser previstos como os eventos climáticos da Terra? Esperamos continuar nossas investigações para responder a algumas dessas perguntas e continuar a aprender com as respostas.

 

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