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Arcebispo acusado de abuso é defendido por padres famosos
Missionários
Publicado em 05/01/2021

Mesmo diante de diversas acusações de abuso sexual feitas contra o arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, padres famosos se posicionaram em defesa do líder religioso, em uma reportagem sobre o caso exibida pelo Fantástico, da TV Globo, na noite de domingo (3). Entre os defensores do arcebispo aparecem os sacerdotes Marcelo Rossi e Fábio de Melo.

Em um vídeo exibido no programa dominical, Marcelo Rossi disse que “nessa hora de combate” estava “junto em oração” com Taveira. Já Fábio de Melo afirmou que foi “amparado” pelo arcebispo em diversas ocasiões e declarou que está orando pelo líder católico.

– Dom Alberto já me amparou muitas vezes. Eu gostaria que as minhas orações e o meu carinho fizessem o mesmo por ele neste momento – disse.

Após os falas, o nome dos padres foi bastante citado nas redes sociais. Os usuários criticaram o fato de os dois sacerdotes se posicionarem deliberadamente em favor do bispo que tem contra si tantas acusações e afirmaram que Melo e Rossi “deveriam ter ficado quietos”.

– Padre Fábio de Melo e Padre Marcelo Rossi deveriam ter ficado quietos, esperando a divulgação das provas da acusação. Em uma igreja com tantos escândalos sexuais, [eles] vão parecer coniventes e, se forem comprovados [os fatos], estarão entre os inúmeros padres que acobertam amigos abusadores – escreveu um internauta.

O CASO
O arcebispo de Belém, capital do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, está sendo acusado de praticar abusos sexuais contra ao menos quatro ex-estudantes do Seminário São Pio X, em Ananindeua, cidade vizinha da capital paraense.

Segundo os relatos dos ex-seminaristas, o líder religioso utilizava o mesmo modus operandi para ficar próximo deles e, em seguida, praticar os abusos. Os jovens afirmam que inicialmente Taveira conversava sobre sexualidade para, em seguida, aproveitar o momento para praticar o ato sexual.

As investigações sobre o caso correm em segredo de Justiça. O inquérito aponta que os crimes teriam ocorrido há pelo menos seis anos, em 2014, quando os jovens tinham entre 15 e 20 anos de idade e estudavam para se tornarem padres ou durante o processo de desligamento [deles] do seminário.

O Vaticano enviou a Belém uma comissão de investigação, prevista dentro do Direito Canônico, para ouvir todos os envolvidos na história. Mas, até o momento, nenhuma conclusão foi tornada pública.

 

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