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“Ser vacinado não é carta de alforria”, diz médica da Fiocruz
Politica
Publicado em 21/06/2021

A médica e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcomo, afirmou que as medidas de cuidado com a Covid-19 devem permanecer entre as pessoas, mesmo após a aplicação das duas doses da vacina contra a doença. De acordo com a especialista, “a vacinação sozinha não é milagre”.

– A vacinação sozinha não é milagre. É preciso que as pessoas entendam isso. Ser vacinado não é uma carta de alforria, de liberdade, para que as pessoas voltem ao ano de 2019. Nenhuma vacina tem proteção 100%. Não adianta ser só vacinado. Nem mesmo ter tomado duas doses nos libera dos cuidados – disse ela.

Dalcomo também afirmou que nem mesmo as pessoas que já contraíram a doença têm a imunidade garantida e que, por conta disso, elas precisam continuar com as medidas de proteção contra o vírus.

– Mesmo [em] quem já passou pela doença, se curou… a imunidade conferida pela doença é muito curta. Quem teve há um ano atrás não tem mais imunidade nenhuma. O que confere a imunidade é ser vacinado. Mas ser vacinado com as duas doses não adianta. Temos que nos proteger, manter máscaras de boa qualidade, não fazer festas – afirmou.

A pesquisadora da Fiocruz aproveitou para destacar que pessoas jovens precisam ser vacinadas também e que o Brasil só terá certo “conforto” em relação à pandemia quando conseguir imunizar pelo menos 70% da população.

– Precisamos vacinar 70% da população para ter certo conforto. Precisamos vacinar as pessoas jovens, aqueles que são responsáveis pela grande mobilidade social, que se expõem mais, pegam transporte público e que levam a doença para casa – completou a médica.

 

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