A Polícia Federal está investigando se a falsa enfermeira, suspeita de vacinar empresários em uma garagem na capital, já imunizou outras pessoas. O primeiro registro encontrado é do início de março. Na semana que vem, 57 pessoas que aparecem em uma lista encontrada durante buscas feitas pela Operação Camarote vão começar a ser ouvidas no inquérito.
Apesar de ter chegado a essa conclusão, ainda não se pode afirmar que o que foi aplicado em quem esteve na garagem da Família Lessa, local onde aconteceu a vacinação no dia 23 de março, é mesmo o soro. Segundo a PF, o laudo só reforça a tese de que as vacinas aplicadas seriam falsas.
Cláudia é suspeita de se passar por enfermeira. Ela teria vacinado pelo menos 57 pessoas em uma garagem da família Lessa, que comanda grande parte das empresas de transporte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Robson Lessa e Rômulo Lessa admitiram que organizaram a imunização que seria contra Covid-19.
Laudo confirma que parte de material era soro fisiológico — Foto: Polícia Federal/Reprodução
“Os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio)”, diz o documento.
As embalagens foram encontradas lacradas, sem sinal de adulteração ou violação.
A Polícia Federal também encontrou pacotes com informação sobre vacinas contra gripe e ampolas. Ainda não há informações sobre estas substâncias.
Por enquanto, não há indícios da presença de vacinas contra a Covid-19 no material apreendido.